A síndrome do cordão axilar (Axillary Web Syndrome — AWS) é uma complicação comum após o tratamento cirúrgico do câncer de mama, especialmente em pacientes submetidas à linfadenectomia ou biópsia do linfonodo sentinela. Caracteriza-se pela formação de cordões fibrosos palpáveis e dolorosos na axila e braço, que limitam a amplitude de movimento e prejudicam a funcionalidade do membro superior. Essa condição impacta diretamente a qualidade de vida e o retorno às atividades diárias das pacientes.
Um estudo recente de González-Rubino et al. (2025), publicado na Supportive Care in Cancer, avaliou a eficácia de um protocolo de fisioterapia na redução do tempo de evolução da síndrome do cordão axilar em mulheres após cirurgia de câncer de mama.
Metodologia e resultados do estudo
Trata-se de um ensaio clínico randomizado que comparou um grupo de pacientes submetidas a um protocolo estruturado de fisioterapia com outro grupo que recebeu apenas orientações convencionais pós-operatórias. O protocolo fisioterapêutico incluiu:
Técnicas manuais de liberação tecidual e alongamento progressivo,
Exercícios ativos e assistidos para ganho de amplitude articular,
Cuidados posturais e educação terapêutica sobre movimentos seguros.
Os resultados mostraram que o grupo de intervenção apresentou uma regressão significativamente mais rápida dos sintomas da AWS, além de maior recuperação funcional do ombro e melhor percepção de qualidade de vida. O tempo médio de resolução da síndrome foi consideravelmente menor entre as mulheres que receberam fisioterapia supervisionada, demonstrando a importância da atuação precoce e contínua do fisioterapeuta no período pós-cirúrgico.
Os achados reforçam que a fisioterapia desempenha papel central na recuperação pós-operatória de mulheres com câncer de mama, prevenindo complicações e promovendo a reabilitação global. A abordagem fisioterapêutica deve ser individualizada e precoce, com foco na restauração da mobilidade, prevenção de aderências cicatriciais e manutenção da função muscular.
Além disso, o estudo destaca o impacto psicossocial positivo da reabilitação, uma vez que a melhora da funcionalidade corporal contribui para a autoconfiança e o bem-estar emocional dessas pacientes.
A Lob fisioterapia Domiciliar oferece um modelo de cuidado personalizado e humanizado que se alinha diretamente às evidências apresentadas por González-Rubino et al. (2025). A atuação domiciliar permite que a paciente receba tratamento fisioterapêutico especializado no conforto de sua casa, garantindo continuidade, adesão e segurança no processo de recuperação.
Entre os principais benefícios do atendimento domiciliar estão:
Monitoramento contínuo da evolução funcional, com ajustes individualizados do protocolo terapêutico;
Aplicação de técnicas manuais e exercícios específicos para prevenção e regressão da síndrome do cordão axilar;
Educação terapêutica, orientando a paciente e familiares quanto a posturas, alongamentos e autocuidados;
Apoio integral à qualidade de vida, respeitando o ritmo de cada paciente e reduzindo deslocamentos desnecessários no período de vulnerabilidade.
Assim, a LOB Fisioterapia Domiciliar integra a ciência e a prática clínica, proporcionando uma reabilitação eficiente, segura e empática às mulheres em recuperação do câncer de mama.
Referência bibliográfica
González-Rubino, M., et al. (2025). Physiotherapy protocol to reduce the evolution time of axillary web syndrome in women post-breast cancer surgery: a randomized clinical trial. Supportive Care in Cancer. Springer.
https://link.springer.com/article/10.1007/s00520-025-09373-1
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