O treinamento de resistência é amplamente reconhecido como uma prática benéfica para a saúde e para a melhora do desempenho físico. No entanto, quando realizado em excesso e sem adequada recuperação, pode levar ao overtraining, condição caracterizada por queda no rendimento, alterações fisiológicas e aumento no risco de lesões.
Uma revisão sistemática publicada em Sports Medicine (2020) buscou analisar os efeitos do overtraining em exercícios de resistência, assim como a qualidade metodológica dos estudos disponíveis. Os autores identificaram que há uma escassez de padronização nas pesquisas, o que dificulta a criação de critérios diagnósticos consistentes. Apesar disso, foi possível observar que protocolos de treinamento excessivos e prolongados, sem períodos de recuperação, resultam em desempenho reduzido, alterações hormonais e distúrbios psicológicos.
Além disso, a revisão destacou que a dificuldade em diferenciar overreaching funcional (processo temporário de queda no desempenho que pode levar à adaptação positiva) do overtraining não funcional permanece um desafio científico e clínico. Esse ponto é fundamental, pois a ausência de critérios claros pode atrasar o diagnóstico e a intervenção adequada.
Contribuição da Fisioterapia Domiciliar
A atuação fisioterapêutica desempenha papel central na prevenção e manejo das consequências do overtraining. A LOB Fisioterapia domiciliar, por meio de planos individualizados, pode auxiliar na recuperação ativa, na modulação da carga de treino, na aplicação de recursos terapêuticos como exercícios de flexibilidade, mobilidade e técnicas de liberação miofascial, além de promover estratégias de monitoramento da fadiga. Esse acompanhamento próximo e contínuo contribui para reduzir o risco de lesões, otimizar a performance e favorecer o retorno seguro às atividades físicas.
Referência bibliográfica
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