A entorse lateral do tornozelo, comumente resultante de mecanismos em inversão, representa uma das lesões musculoesqueléticas mais prevalentes em contextos esportivos e não esportivos. Apesar de sua elevada incidência, há um risco significativo de evolução para instabilidade crônica, dor persistente e limitações funcionais quando não tratada de forma adequada e precoce.
Uma metanálise atualizada conduzida por Wagemans et al. (2022) demonstrou que programas de reabilitação baseados em exercício constituem a intervenção com maior robustez científica na prevenção de recorrências e na restauração da função após a entorse de tornozelo. O treinamento ativo, contemplando fortalecimento, exercícios proprioceptivos e de equilíbrio, mostrou-se superior ao cuidado usual ou a abordagens passivas isoladas. Além disso, a análise evidenciou impacto positivo nos desfechos funcionais de curto e médio prazo, sugerindo que a intervenção precoce e estruturada pode modificar a história natural da lesão.
No contexto atual, em que a acessibilidade e a adesão ao tratamento são determinantes para o sucesso terapêutico, a prática de fisioterapia domiciliar ganha relevância. A LOB Fisioterapia, ao oferecer atendimento especializado em domicílio, possibilita a implementação de protocolos baseados em evidências diretamente no ambiente do paciente. Isso favorece não apenas a continuidade e regularidade do programa de exercícios, mas também a personalização dos estímulos, garantindo que aspectos individuais, como espaço físico e rotina diária, sejam incorporados ao processo de reabilitação.
Assim, a integração entre a evidência científica e a prática clínica domiciliar representa uma estratégia altamente eficaz para o manejo da entorse lateral do tornozelo, com potencial para reduzir complicações a longo prazo e promover retorno seguro às atividades funcionais e esportivas.
Referência bibliográfica
Wagemans J, Mansour M, van Rhijn LW, Meuffels DE, Willems P. Exercise-based rehabilitation reduces recurrence after lateral ankle sprain: an updated systematic review with meta-analysis. Br J Sports Med. 2022;56(12):698-707. doi:10.1136/bjsports-2021-104903
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