Correr é uma das formas mais simples e eficientes de cuidar da saúde, mas também é a modalidade com maior incidência de lesões musculoesqueléticas entre praticantes recreativos. Revisões de alto nível publicadas em 2024 mostram que ainda não há um “vilão biomecânico” único: fatores de risco são multifatoriais e incluem histórico prévio de lesão, carga mal dosada e transições bruscas no treino.
O principal gatilho: aumentos bruscos
Estudos recentes com milhares de corredores indicam que picos de carga em uma única sessão — por exemplo, tentar dobrar o longo da semana — elevam significativamente o risco de lesão. Mesmo aumentos modestos, quando concentrados em um treino, já ampliam o risco; por isso a progressão deve ser lenta e contínua.
Quem mais se machuca?
O histórico de lesão segue sendo o preditor isolado mais forte: quem já se lesionou tem probabilidade bem maior de se machucar de novo ao longo de 12 meses. Iniciantes, pessoas com maior IMC e quem retorna após pausa prolongada também compõem grupos de maior risco.
Treinar força previne?
A evidência é mista. Uma meta-análise de 2024 não encontrou redução consistente de lesões com “programas de prevenção” genéricos quando comparados só à corrida; por outro lado, ensaios focados (ex.: força de quadril e “foot core”) sugerem benefício em subgrupos e no médio prazo. Conclusão prática: força ajuda o desempenho e pode reduzir risco quando personalizada às suas necessidades.
Como a LOB Fisioterapia conduz sua jornada de corrida
1. Avaliação domiciliar completa
Histórico de lesões, análise de carga semanal e dos “picos” de treino, triagem de fatores modificáveis (mobilidade, força de quadril/pé, tolerância a impacto) e orientação sobre calçados/transições.
2. Plano de progressão sem picos
Estruturamos seu ciclo com incrementos pequenos entre semanas e sessões, evitando longos “heróicos” que disparam risco. Controle de volume, intensidade e terreno, alinhado ao seu calendário.
3. Força com propósito
Protocolos curtos e progressivos (quadril, panturrilha, pé/“foot core”) integrados à planilha — não “por fora” do treino — e ajustados a sintomas e objetivos.
4. Educação e sinais de alerta
Ensinamos a diferenciar desconforto adaptativo de dor que pede ajuste, além de orientar pausas ativas e retorno seguro após qualquer episódio.
5. Nutrição e energia para treinar
Quando necessário, encaminhamos para nutricionistas parceiros para assegurar energia suficiente e estratégias simples de recuperação.
Checklist rápido para você já aplicar
Evite aumentar a distância do longo em mais de pequenos passos por semana e, principalmente, não concentre todo avanço em uma única sessão.
Se já teve lesão, redobre a atenção: monitore dor residual 24–48h após treinos e ajuste antes que vire problema.
Inclua 2 sessões/semana de força direcionada (quadril, panturrilha, pé).
Garanta energia suficiente para treinar e recuperar.
Quer correr mais e se lesionar menos? A LOB Fisioterapia atende em domicílio e monta o plano que acompanha sua rotina.
Referências
1. Correia CK, et al. Risk factors for running-related injuries: an umbrella systematic review. J Sport Health Sci. 2024;13(6):793-804.
2. Frandsen JSB, et al. How much running is too much? Br J Sports Med. Epub 7 Jul 2025.
3. Wu H, et al. Do Exercise-Based Prevention Programs Reduce Injury in Runners? Sports Med Open. 2024.
4. Nguyen AP, et al. Strengthening-based training vs. running only in novices: randomized pilot. Sports. 2024;12(1):25.
5. Desai P, et al. Recreational runners with a history of injury are twice as likely to sustain a new injury. JOSPT. 2021.
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