O Dia Nacional de Combate ao Colesterol (08/08) é uma data de conscientização voltada para a prevenção, detecção e tratamento das dislipidemias — alterações nos níveis de lipídios (colesterol total, LDL-c, HDL-c e triglicerídeos) que elevam o risco de aterosclerose e doenças cardiovasculares. A identificação precoce e o manejo adequado dos fatores de risco (alimentação, sedentarismo, tabagismo, obesidade e comorbidades como diabetes) são fundamentais para reduzir morbimortalidade cardiovascular.
Por que a data importa
Campanhas como a de 08/08 estimulam exames simples (perfil lipídico) e promovem ações populacionais de educação em saúde. Dados recentes reforçam que intervenções de estilo de vida — especialmente aumento da atividade física e mudanças alimentares — têm impacto real sobre alguns marcadores lipídicos (redução de triglicerídeos, aumento de HDL e efeitos variáveis sobre LDL), além de melhorar aptidão cardiorrespiratória e resistência muscular, o que diminui risco cardiovascular global.
Como a fisioterapia pode ajudar
A fisioterapia, por meio de programas individualizados de exercício e reabilitação, integra-se ao manejo das dislipidemias das seguintes formas:
Prescrição de exercício aeróbio (caminhada, ciclismo, esteira) — melhora a sensibilidade insulínica, reduz triglicerídeos e contribui para aumento do HDL quando praticado de forma regular (ex.: pelo menos 150 min/semana de intensidade moderada).
Treinamento de força — aumento de massa magra e força diminui resistência insulínica e tem efeitos favoráveis sobre marcadores lipídicos e metabolismo. Programas combinados (aeróbio + resistência) costumam trazer melhores resultados para composição corporal e perfil metabólico.
Programas estruturados para populações especiais (idosos, pacientes com síndrome metabólica, pós-infarto) — fisioterapeutas podem adaptar intensidade, monitorizar sinais vitais, evitar riscos (p.ex. em uso de estatinas) e otimizar adesão a longo prazo.
Educação em estilo de vida e autocuidado — fisioterapeutas reforçam mudança de hábitos (atividade física diária, pausas ativas, ergonomia, estratégias comportamentais) e trabalham em equipe multiprofissional com médicos e nutricionistas.
Recomendações práticas (para leigos)
Faça exames de colesterol conforme orientação médica; conheça seus valores de LDL, HDL e triglicerídeos.
Busque iniciar/retomar atividade física gradualmente; 150 minutos/semana de atividade moderada é uma meta segura para muitos adultos.
Consulte um fisioterapeuta para avaliação funcional e prescrição segura de exercícios, especialmente se houver outras doenças ou uso de medicamentos (ex.: estatinas).
Referências bibliográficas:
1. Wood G, Taylor E, Ng V, Murrell A, Patil A, van der Touw T, et al. The Effect of Exercise Training on Blood Lipids: A Systematic Review and Meta-analysis. (artigo/ revisão recente).
2. Immunological mechanisms of exercise therapy in dyslipidemia. Planta-review / PMC — revisão sobre mecanismos fisiológicos que ligam exercício e melhora do perfil lipídico.
3. IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Sociedade Brasileira de Cardiologia — diretrizes para diagnóstico e manejo.
4. The Impact of Aerobic Exercise on HDL Quantity and Quality. Review (2023–2024) sobre efeitos do exercício aeróbio no HDL.
5. Artigo recente em SciELO sobre efeitos do exercício no perfil lipídico em mulheres perimenopáusicas/postmenopáusicas (revisão sistemática.
Nenhum comentário:
Postar um comentário